terça-feira, outubro 22, 2024
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O homem mais rico da Babilônia

Eu comecei a ler O Homem mais rico da Babilônia sem expectativas. Tinha ouvido falar do livro mas não era algo que tinha chamado muito a minha atenção. Um dia aproveitei uma promoção na Amazon e mesmo depois de ter o livro em casa deixei ele na prateleira por algumas semanas.

Eu realmente não sabia o que estava por vir e terminei o livro surpresa. Ele é rápido de ler, fácil, com uma linguagem bem simples e muito envolvente. As histórias que o autor conta parecem tão verídicas que eu até fui pesquisar se Arkad não existiu mesmo.

A Babilônia

O livro foi escrito lá na década de 20 e conta através de parábolas, histórias de diversos homens que moraram na Babilônia. A Babilônia foi uma das cidades mais ricas que se tem registro. Ela teve grande visibilidade em dois momentos distintos.

O primeiro deles foi na época de Hamurábi, que inclusive deixou um código de leis escrito em pedra. O outro momento foi no reinado de Nabucodonossor II, que fez grandes obras e que colocou os jardins suspensos da Babilônia na lista de 7 maravilhas do mundo.

O livro

Apesar de não ser uma história com personagens verdadeiros os ensinamentos da Babilônia sobre o dinheiro foram gravados em tábuas de argila e chegaram aos dias de hoje depois do trabalho de arqueólogos.

Na antiga Babilônia os ensinamentos eram gravados em tábuas de argila que depois eram queimadas para registrar a informação. Foram encontradas diversas dessas tábuas, uma verdadeira biblioteca com conhecimento sobre diversos assuntos.

E as tábuas também são personagens desse livro, como veremos a seguir. O homem mais rico da Babilônia é uma coletânea de parábolas que foram escritas por George S. Clason e reunidas lá em 1926. Apesar de bem antigo o livro tem ensinamentos atemporais e que eu tenho certeza que vão te auxiliar, caso você esteja buscando controlar melhor as suas finanças.

o homem mais rico da babilônia
O homem mais rico da Babilônia

Você pode gostar de ler:
Arquivos de Riqueza do livro Os Segredos da Mente Milionária – Parte 1
Mude a mentalidade pobre com Arquivos de Riqueza – Parte 2

O homem que desejava ouro

O livro começa com a história de Bansir, um homem que fazia carruagens e que em um certo dia senta na mureta de sua casa com expressão desanimada, pensando no dinheiro que lhe faltava.

Logo junta-se a ele seu amigo Kobbi que, também na pindaíba, vem lhe pedir dinheiro e fica surpreso quando Bansir nega dizendo que não tem nada. Na percepção de Kobbi, Bansir estava aproveitando uma folga por ter encontrado a boa sorte e não precisar mais se dedicar tanto ao trabalho.

A realidade era totalmente oposta. Bansir estava curtindo uma fossa e pensando na sua falta de dinheiro. Havia sonhado com riqueza e ficou muito frustrado ao acordar e perceber que a vida real era bem diferente.

Os dois amigos então começaram a debater suas situações econômicas e perceberam que não estavam em posição muito mais privilegiada que os escravos que carregavam água do rio até os jardins suspensos.

É nesse momento que surge a vontade de descobrir o segredo dos ricos e Kobbi lembra que encontrou um velho amigo, Arkad. Arkad era o homem mais rico da Babilônia e os dois amigos decidem pedir seus conselhos.

É nesse momento que Kobbi diz a Bansir: “Está me trazendo uma nova compreensão. E me faz perceber por que nunca encontramos ouro. Nós nunca o procuramos.”

Comecei a gostar do livro nesse exato momento e acabei percebendo que essa é a verdade. O fato de ficar rico começa com a busca pela riqueza e pelo conhecimento.

O homem mais rico da Babilônia

Antes de passar os seus ensinamentos para solucionar a falta de dinheiro Arkad, que era o homem mais rico da Babilônia conta como ele conseguiu juntar toda a sua fortuna. Arkad era um jovem normal que estudou com Bansir e Kobbi no Tmeplo do Saber. Apesar disso ele observava a riqueza a sua volta e percebia quantas coisas boas aquilo trazia para quem a possuía.

A partir dessa constatação decidiu que queria também tornar-se uma pessoa rica e que buscaria encontrar um meio de mudar a sua posição social. Arkad nessa época era escriba e trabalhava arduamente sem ver os seus rendimentos aumentarem. Foi aí que conheceu Algamish, um emprestador de dinheiro.

Tendo atrasado a entrega de uma cópia, mesmo com a promessa de ganhar mais por isso, Arkad fez um acordo com Algamish. Trabalharia a noite toda para entregar a encomenda e em troca queria conselhos de como ficar rico. Foi assim que Arkad recebeu o primeiro conselho: guarde uma parte de tudo aquilo que você recebe.

Um ano mais tarde Algamish precisou novamente do trabalho do escriba e aproveitou para conferir a evolução do seu aluno. Arkad havia conseguido guardar uma parte do seu salário, mas acabou perdendo tudo quando pediu a um oleiro que levasse seu dinheiro em uma viagem e lhe trouxesse joias. No fim, as joias eram falsas e ele perdeu tudo.

Mais uma lição aprendida: não aceite conselhos de pessoas inexperientes com o dinheiro e que não sabem como cuidar bem dele.

A última lição de Algamish veio mais um ano depois. Arkad havia investido corretamente, com um fazedor de lanças que lhe pagava uma parte dos lucros, mas gastava todo esse valor excedente. Algamish usou uma frase que eu adorei. “Você está comendo os filhos de suas economias. Como pode esperar que trabalhem pra você?”

Os rendimentos dos nossos investimentos devem ser reinvestidos, para que juntem forças com o valor inicial e assim façam com que o potencial de multiplicação seja maior a cada dia. É o poder dos famosos juros compostos, que eu já falei nesse post.

Anos mais tarde os dois se reencontraram e Algamish percebeu que Arkad havia aprendido corretamente todas a lições e já tinha uma quantia trabalhando ao seu favor. Percebendo a vontade e a dedicação de Arkad, Algamish o chamou para ser seu sócio e ainda o colocou no seu testamento.

Nesse momento muitos podem pensar que ele teve sorte e que se não fosse o testamento de Algamish ele não seria rico. Errado! Você acha que Algamish teria confiado a ele suas terras caso não julgasse que ele estava bem preparado? “A oportunidade é uma deusa desdenhosa que não perde tempo com os que não estão preparados.”

Você pode achar que o seu salário é baixo e que não vale a pena investir agora, mas isso é um equívoco. Pense que a cada real investido você está se preparando para as oportunidades que vão chegar no futuro. O seu salário pode ser baixo hoje, mas daqui 5 anos pode ser multiplicado por 5. Se você não poupa nem 5% agora não vai conseguir poupar 10% quando o salário for maior. Esteja preparado para aproveitar as oportunidades, ou seja, estude e pratique e esteja pronto quando a sua hora chegar.

Eu pretendia falar do livro inteiro nesse post mas acabei percebendo que existem tantos bons ensinamentos nele que seria uma pena resumir tudo em um único post. Se quiser comprar o livro é só clicar aqui que você será redirecionado para minha lojinha na Amazon, você não paga nada a mais e ajuda esse blog a sobreviver.

Um abraço e até logo!

Bruna Odppes

Livraria

One thought on “O homem mais rico da Babilônia

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